Porque a vida não é só "preto e branco". O cinzento também existe.
E é a possibilidade de podermos optar pelo cinzento, em tantas situações, que torna a nossa vivencia tão rica.
Porque a vida não é só "preto e branco". O cinzento também existe.
E é a possibilidade de podermos optar pelo cinzento, em tantas situações, que torna a nossa vivencia tão rica.
O que dizer a um cliente que resolve ligar-nos para, do alto da sua presunção e arrogância, menosprezar o nosso trabalho (que foi feito de acordo com as suas indicações e simulação prévia) e ainda exige que se corrija porque esteticamente "está miserável".
Sim, até posso concordar que não fique bem. Mas segui e produzi com base na simulação enviada e aprovada antecipadamente pelo cliente.
Não me importo de corrigir mas corro o risco de passar dum trabalho perfeito e validado, para um trabalho deficiente (e aí já com razões para reclamar, perdendo a razão que tenho agora do meu lado).
(devia ter passado a chamada ao meu marido que o punha na ordem).
São estas pessoas de "famílas centenárias" (expressão do próprio), de empresas de bem do Norte, com grande património mas tão pouco bom senso e humildade! Acham-se melhores que os outros. O resto é ralé.
Trato os meus clientes tentando me por sempre no seu lugar e tento sempre dar o meu melhor para que conquiste a sua confiança e o negócio não seja um caso pontual mas uma parceria duradoura. Mas, pela primeira vez, se voltar a ser contactado por este senhor para mais encomendas (porque até já é a segunda vez que se porta mal connosco), sou eu que, do alto "da minha arrogância" lhe digo que não estou disponível para lhe vender nem um alfinete.
Estávamos em 1989, acabava de ingressar no 10º ano numa nova escola, numa nova localidade.
E ali estava eu, com 15 anos, numa turma de Arte & Design, a destoar com uma pequena minoria, dos reatentes alunos da turma. Pertencia ao grupo das certinhas (ou melhor das betinhas), com algum jeito para o desenho mas muito diferente dos demais que facilmente se destacavam pela sua extravagancia e sentido estético.
E depois havia o Luis...
Com óculos de betinho mas com uma atitude bastante cool e... o seu lenço vermelho atado no pulso.
No início não entendia muito bem aquele acessório mas, com a sua ajuda, percebi que era uma forma de demonstrar o seu carinho pela banda Xutos e Pontapés.
O Luis vivia e respirava Xutos. Conhecia todos os albuns e as letras de cor. Não perdia um concerto...
Acabei o secundário e perdi de vista o meu colega.
Com o falecimento do Zé Pedro relembrei-me do Luis. Onde estiver deve estar triste, desolado...
Esta é a minha homenagem ao Zé Pedro!
Para mim os Xutos eram o Zé Pedro.
O céu está agora mais rico. Tem uma nova estrelinha brilhante.