A terra tremeu
Hoje não ganhei para o susto.
Tinha acordado às 7:30 para ir buscar o telemóvel e ter a certeza que o alarme estava definido para as 8:00.
Voltei a deitar-me mas 15 minutos depois, meio adormecida, senti a minha cama a tremer e, em simultâneo, um som vindo debaixo do chão, que mais parecia um trovão. Levantei-me assutada e gritei. A minha primeira preocupação foi ir ao quarto do meu filho ver se estava tudo bem (apesar dos seus 17 anos, é sempre a nossa primeira preocupação). Também sentiu a cama a tremer e um som forte mas abafado, como se a terra nos quisesse engolir. Tivemos a certeza que se tratava de um tremor de terra quando os meus 2 cães (que são tão pacholas e poucas coisas os levam a manifestar-se e a interromper o seu descanso) começaram, agitados, a ladrar.
Nao ganhei para o susto. Fiquei ainda uns bons minutos a digerir o que tinha acontecido. Já o meu filho achou o máximo (afinal tinha sido a sua primeira experiencia com este fenómeno natural). No meu caso, foi a terceira vez que senti algo semelhante mas nada tão forte com o de hoje (4,3 na escala de Richter).
Ultimamente têm acontecido tantos fenómenos naturais em Portugal, tão pouco comuns neste paraíso à beira mar plantado, que me leva a acreditar que, com as mudanças climáticas, estes fenómenos vão ser cada vez mais frequentes. E nós, vamos sendo cada vez mais impotentes para travar estes fenómenos, e o nosso controlo é cada vez menor.
A mãe natureza anda zangada...